quarta-feira, 22 de julho de 2015

Semarh investe em dessalinizadores para amenizar efeitos da estiagem


A Secretaria Estadual do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh) está investindo na manutenção, instalação e recuperação de dessalinizadores, em comunidades difusas no interior do Estado.

Através da Coordenadoria de Hidrogeologia (Cohidro), a Semarh concluiu recentemente a manutenção de 68 sistemas de dessalinização, implantados pelo Governo do Estado, em 40 municípios, beneficiando mais de 6000 famílias.

Para o Secretário do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos, Mairton França, os dessalinizadores são obras estruturantes para se conviver com a falta de água no semiárido. De acordo com ele, a semarh vai iniciar um processo de recuperação de mais 55 máquinas no intuito de deixar em funcionamento os 125 sistemas que são de responsabilidade do Estado.

“Como as previsões climáticas continuam desfavoráveis, estamos fazendo todo esforço para dotar o estado de obras que ajudem o sertanejo a ter acesso à água e o dessalinizador é uma das alternativas” disse Mairton. “Estamos investindo, com recursos próprios, meio milhão de reais, nessas 55 recuperações e através do Programa Água Doce (PAD), do Ministério do Meio Ambiente, também serão implantados 68 sistemas até o final do primeiro semestre de 2016” finaliza.

O convênio firmado entre o MMA e a Semarh no valor de R$ 19,9 milhões tem como meta a implantação, recuperação e gestão de 153 sistemas de dessalinização. De acordo com Ieda Cortez, coordenadora do PAD/RN e secretária adjunta da Semarh, das 68 comunidades que estão sendo beneficiadas na primeira etapa do convênio, sete já receberam a tecnologia e mais três obras já estão em andamento. “É uma satisfação enorme entregar os dessalinizadores nas comunidades e saber que agora a população tem acesso a uma água de excelente qualidade” frisou Ieda.

Das obras entregues, duas são projetos pilotos que o MMA escolheu implantar no Estado do RN: O sistema de dessalinização alimentado por energia solar, na comunidade Maria da Paz, em João Câmara, e a recuperação do sistema de dessalinização da comunidade Catinga Grande, onde funciona um sistema de produção formado por criação de Tilápias e produção de erva-sal (atriplex), com gestão integrada e participativa.

Ieda ressaltou ainda que os diagnósticos socioambientais, de todas as comunidades que serão beneficiadas, já estão prontos, o que adianta muito o trabalho de implantação da obra física. “É importante ressaltar que o PAD/RN produziu um banco com 284 diagnósticos e que estes podem ser usados para outros projetos e outros programas, de outras instituições, pois é um documento público”.

Os equipamentos atenderão aos municípios, de acordo com o critério adotado pelo MMA que é o Índice de Condições de Acesso à Água (ICCA). Este índice leva em consideração os seguintes fatores: pluviometria, intensidade de pobreza, taxa de mortalidade infantil e o índice de desenvolvimento Humano (IDH).
As comunidades que recebem o abastecimento por meio de dessalinizador normalmente têm dificuldade em obter água porque os mananciais e poços têm água salobra. São comunidades de difícil acesso e dispersas nas zonas rurais dos municípios. A água que chega aos dessalinizadores é oriunda de poços. O dessalinizador é importante por garantir as famílias acesso à água de melhor qualidade, além de promover autonomia e o uso consciente da água com o gerenciamento da própria comunidade do equipamento dessalinizador.

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